Em casa só,
Cadernos e livros à mesa.
Aqui me encontro a escutar os grilos vindo a me dizer que já anoiteceu
Ora, tremendo barulho!
Vizinhos com sons alterados e musicas soltas pelo ar.
Numa rede ao barulho da noite
Fico eu por uns cinco minutos, sobre ela,
A imaginas presentes, passados e porque não futuros?
Em meio a pensamentos
Vou esquecendo do barulho provocado na noite
E dou lugar as minhas infinitas imaginações de tempos verbais.
Quando chego em minhas observações principais,
O telefone toca,
O portão se abre,
A televisão é ligada.
Chega alguém em casa.
Por fim, não mais estou só.
Me disperso do meu imaginário
E o barulho retoma ao seu estado normal.