Quem sou eu

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Fagundes, Paraíba, Brazil
Primeiramente, faço poemas porque amo escrever. Embora, talvez, meus textos não sigam padrões, não estejam certos e nem cheguem a categoria nenhuma, faço-o porque me sinto bem e acho isso o mais importante. E quanto a mim, não tenho características certas, pois no mundo em que vivemos não importa qual seja a sua verdade, cada um pensa aquilo que quer.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Triste Passado- Eduarda Dantas


Quando me calo,
Fecho-me de tudo.
Quando me entristeço
Esqueço do mundo.
Só eu e o meu pensar,
Só eu e o meu eu,
Só eu e os meus medos,
Só eu...
E sinto um frio,
Uma dor diferente,
Uma sensação de estar vivo
Mas só de corpo presente.
É como se eu perdesse
A minha felicidade
É como se faltasse
A minha outra metade.
O mundo está escuro,
Não vejo mais o colorido
Meu riso vagueia no tempo
Sem rumo, está perdido.
Minha cabeça dá voltas
Lembrando das velhas histórias
Lembrando dos velhos problemas
Esquecidos em minha memória.
O ontem mal resolvido
É minha vida presente,
É minha dor nascente
É o meu desespero.
O ontem mal resolvido
É o fantasma temível
É o medo imbatível
É o meu pesadelo.
Minha tristeza é
O passado que trago comigo,
Na bagagem carrego o peso
De um ontem mal resolvido.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Alta Liberdade- Eduarda Dantas

Decidi ser livre,
Voar tão alto e não avistar o chão.
Na mochila, trago pouca coisa,
Além do meu,
Estou com outro coração.
Trouxe-o por divertimento
E por saber que ele era meu
Pois uma vez me disseram:
“Meu coração é todo seu”.
Quero mais é aproveitar,
Sentir o vento a me levar,
E do chão, que um dia eu estava
Nunca mais quero lembrar.
Na altura eu esqueço
De todos que deixem lá embaixo
Lá eu não tinha como sair
E aqui em todo canto eu me acho.
Esqueci dos problemas,
E nem tenho porque lembrar
Viver tão longe de tudo assim
É um ótimo lugar pra morar.
Estar no alto é magnífico,
Cada subida é emoção
Só estou incomodado
Como o peso do outro coração.
Vou abrir minha mochila
E tirá-lo de lá,
Assim mais leve caminharei
E mais alto vou estar.
Soltei-o!
Espero não machucá-lo.
Mas agora estou me arrependendo,
Como viver nesse mundo, solitário?
Trouxe meu coração pras alturas,
Pensei que fosse ficar bem
O poder me subiu a cabeça
E eu só fui mais um refém.
No alto sempre quis está,
E então segui esse caminho
Só não pensava que a liberdade
Era pra se viver sozinho.