Por me identificar com a poesia, eis que compartilho com vocês os meus mais leves escritos. E com um desejo enorme, espero que eles cheguem à vocês com a mesma suavidade que tenho ao criá-los. Espero que gostem. Leves ventos para todos!
Quem sou eu
- Eduarda Dantas
- Fagundes, Paraíba, Brazil
- Primeiramente, faço poemas porque amo escrever. Embora, talvez, meus textos não sigam padrões, não estejam certos e nem cheguem a categoria nenhuma, faço-o porque me sinto bem e acho isso o mais importante. E quanto a mim, não tenho características certas, pois no mundo em que vivemos não importa qual seja a sua verdade, cada um pensa aquilo que quer.
terça-feira, 22 de maio de 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
O Suspiro do Nordeste- Eduarda Dantas
Outros por falta d’água.
Dia-a -dia o meu povo,
Vai ficando assustado,
Sem ter como regar as plantas
Nem alimentar o gado.
Esse sertão clama por chuva,
Meu nordeste pede socorro,
Que o bom Deus não permita
Sofrermos uma seca de novo.
É preciso se conscientizar
Que com a seca todo mundo sofre,
Não tem quem não sinta falta de água,
Do mais rico a o mais pobre.
É preciso colocar comida na mesa,
Feijão, leite, pão...
O agricultor diz que o milho secou
E que perdeu sua plantação.
Os açudes já estão se esgotando,
Os peixinhos já sentem saudade,
Quanta tristeza, meu Pai,
Quanta calamidade!
Mas vale cada oração,
Qualquer jeito de pedir,
Meu Deus, nos mande chuva,
Meu Nordeste quer voltar a sorrir!
sábado, 17 de março de 2012
Praias e Pedras- Eduarda Dantas
Eu a via todos os dias, de tardezinha. Ali, bem ali, em cima naquela pedra, com as mãos abraçando os joelhos dobrados e um olhar fixo para o mar, por horas e horas... A expressão do seu rosto era de quem procurava algo, de quem buscava ver ou estar com alguém, mas ela sempre saía da mesma forma como chegava: sozinha! Eu a olhava como quem quisesse conhecê-la, quem sabe até ajudá-la, mas não sabia como ir até lá... A curiosidade mexia comigo: “o que será que aquela menina pensava, a quem esperava, quem era ela?” Não poderia saber! E se eu chegasse como quem não quer nada e sentasse ali, pensei. “Não, não posso! Ela pode não gostar.” Então não fui! Mas a via sempre, e gostava de vê-la sentada ali. Da varanda da minha casa eu sorria na direção dela, e a olhava até o momento dela ir embora. Nela eu via um mistério, mas um jeito doce de viver esperando por sei lá o que... E dava asas à imaginação que me transportava para perto da menina da praia, e ria comigo mesmo por está parecendo um idiota que nada fazia, só sonhava... certa tarde ela não veio, para o meu espanto! Teria de haver um motivo para a falta dela naquela tarde. O que teria sido? E como iria saber? Então corri, fui até a pedra onde ela sempre sentava e encontrei, no meio de duas pequenas pedras, uma garrafa com um bilhete dentro, em seu lugar. O papel, com letras nítidas, dizia o seguinte: “SONHAR SÓ NÃO BASTA, TENTAR SERIA A OPÇÃO! É PRECISO PERDER DE VISTA PARA SÓ ENTÃO QUERER IR AO ENCONTRO. O VENTO SOPRA FORTE E NOS LEVA PARA OUTROS LUGARES E AS PESSOAS NEM LEMBRAM QUE EXISTEM OUTRAS PRAIAS E OUTRAS PEDRAS ESPERANDO PARA SEREM VISTAS TAMBÉM”. Eu cheguei tarde, havia perdido, então chorei...
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
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Quem me dera ser, ao menos, uma saudade boa na sua vida,
Ou que eu pudesse mostrar o meu melhor lado, os meus melhores sonhos e o meu mais puro amor.
Quem me dera que minha outra metade falasse e lhe fizesse compreender que minha vida é um estrago, é uma tristeza sem você.
E quem me dera se eu lhe fizesse feliz e não trouxesse nenhum tormento,
Mas é estranho você querer ser remédio para alguém e só se sentir veneno.
(Eduarda Dantas)
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Há tempos não sabia o que era amor próprio, mas depois de
tanto quebrar a cara e chorar por infinitas noites, meu coração vibrou de uma
forma inesperada e me fez acreditar que eu só sou aquilo que eu me permito ser.
Logo enxuguei as lágrimas, levantei a cabeça, peguei um lápis e escrevi com
letras maiúsculas no espelho do meu quarto “EU ME AMO”.
(Eduarda Dantas)
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Sublime Amor- Eduarda Dantas
Que me ajoelho em forma de gratidão.
É só ele que entende as minhas lágrimas
E absolve os meus erros, em forma de perdão.
E quando me sinto fraca,
Deus é a minha força...
Quando estou desamparada,
Deus é o meu refúgio...
Quando me sinto só,
Deus é a minha companhia...
E quando me sinto em paz,
Deus é a minha alegria...
Acolho-me entre as suas asas,
O porto seguro és Tu, meu Senhor!
Conduza-me por tua estrada,
Eu sou a ovelha e tu és meu pastor.
Afasta de mim todo o mal,
Tira as impurezas do meu coração,
E se de algum modo eu vacilar,
Seja minha fortaleza, toma-me pela mão.
Que meus desejos não sejam maiores que os teus,
Que tua vontade seja a que sempre prevaleça,
Que todos os meus planos sejam abençoados por Ti
E que eu sinta tuas bênçãos ungindo minha cabeça.
Tu conheces as minhas dores,
Sabes das minhas fraquezas,
És meu Deus, maravilhoso,
Minha fonte de riqueza. ,
Senhor, Pai de bondade
Eu sei que ouves quando te chamo,
E não sei mais o que falar
A não ser dizer: te amo!
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Confissão de um pássaro- Eduarda Dantas
De que adianta um céu tão azul,
Um vento aparentemente leve,
Se não consigo voar?
De que adianta ter asas tão belas,
Ter uma gaiola aberta,
Se tenho medo de tentar?
Era pequeno quando me tornei prisioneiro,
Meus sonhos eram pesadelos
Dentro de uma prisão.
O meu canto era tristonho, eu me lembro,
Minha companhia era o tempo,
O acorde da minha canção.
Era nele que minha liberdade viria,
Minhas asas cresceriam,
E seria hora de partir.
O mundo eu viria mais de perto,
Longe das grades de ferro
Que por muito tempo vivi.
Mas dentro da minha gaiola,
Ouço diversas histórias
De um mundo tão violento.
Onde matam,
Onde mentem,
Onde têm sangue e tormento.
O medo é meu inimigo,
Inibe as minhas asas,
Tanto tempo prisioneiro,
Tantos traumas e marcas.
Podem me abrir a porta,
Mas vou ficar no meu lugar,
Cansada de viver sangrando,
Não tenho forças para voar.
Sou pássaro que sofre
Na terrível incerteza
De não saber qual é o mundo
Que tenha menos tristeza.
É por medo de ariscar
Que permaneço onde estou
Vivendo em um penar
Que meu ser se acostumou...