Quem sou eu

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Fagundes, Paraíba, Brazil
Primeiramente, faço poemas porque amo escrever. Embora, talvez, meus textos não sigam padrões, não estejam certos e nem cheguem a categoria nenhuma, faço-o porque me sinto bem e acho isso o mais importante. E quanto a mim, não tenho características certas, pois no mundo em que vivemos não importa qual seja a sua verdade, cada um pensa aquilo que quer.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Revolta- Eduarda Dantas


Descontente desse mundo,
Desses gritos e lamentos,
Dessas dores e angústias
Desse mar de sofrimento.
Dignidade em falta
Canalha abusa e faz a festa
Não se tem prazer de viver
Numa realidade como essa.
Andando sem direção
Nesse mundo decadente
Causador de tantas mortes,
Berço de tantos carentes.
O respeito que passa adiante
Não passou nem há de passar
Desumano é saber que quem tem mais
Sempre tem que ganhar.
O verde que era sinal de cor viva
Hoje é cinza, é cor apagada
A esperança não é sentimento,
Não é cor, não é mais nada!
Por maldade dos homens
O mundo é pintado de vermelho
Mas esqueceram que sua arte
Reflete no seu próprio espelho.
Não há mais vida limpa
Quem suja são os vagabundos
Que agora nos deixam viver
Nesse mundo tão imundo.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Última Vez- Eduarda Dantas


Deixe-me pensar em ti só mais uma vez,
Até meu coração se acostumar.
Quero ver teu último riso,
Teu ultimo olhar, para deixar-te ir.
Tua voz será melodia,
Os teus gestos serão ritmos,
E assim ouvirei a única música que me fazia sentido.
Vou beber das minhas lágrimas,
Sentir o amargo da minha perda.
Alimentar-me de todo o fel
Deixado pela tua partida.
Quero parar de soluçar
Tu já vais, eu também vou!
Vou dormir um sono profundo,
De onde você me despertou.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Angústias II- Eduarda Dantas


Não há vontades nem desejos,
Nem força e coragem
Tua partida, maldita, levou a minha felicidade.
Minha vida virou, revirou e mudou
Meu coração trincado, logo se despedaçou.
Meu interior fechou, num súbito passe de tristeza,
De tudo que era sentimental, hoje só resta frieza.
O encanto se perdeu,
O ânimo se fez pó,
Viver, que podes eu,
Se me deixastes só?
Sou pássaro perdido, sem forças pra voar.
Sou folha seca, ao vento, levada ao deus dará.
Encontre-me,
Tire-me dessa solidão,
Venha me socorrer,
Até que tu me chegues fico assim...
... desprovido de viver.